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Dia Nacional do Cerrado 

No Brasil, é comemorado no dia 11 de setembro o Dia Nacional do Cerrado, que serve para lembrar a importância do segundo maior bioma da América do Sul. O cerrado se estende por pouco mais de 2 milhões de Km2, equivale a aproximadamente 22% do território nacional. 
É de suma importância destacar os recursos guardados nesse bioma, já que no Cerrado se encontram as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul. Além do potencial aquífero, outros aspectos evidenciam a importância da preservação de sua biodiversidade.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no bioma já foram catalogadas mais de 11,6 mil espécies de plantas nativas. A diversidade de seus habitats abriga entorno de 199 espécies de mamíferos, 837 de aves, 1200 de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios. Estima-se a hospedagem de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins trópicos.
Além disso, possui grande importância social, para comunidades indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros, que extraem do Cerrado a sobrevivência de suas famílias, com uso do conhecimento tradicional.  

Imagem: https://www.creape.org.br/11-09-dia-nacional-do-cerrado/

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O efeito guarda-chuva

O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro com uma extensão de cerca de 204 milhões de hectares e aproximadamente 24% do território nacional, sendo uma região de alta altitude. O cerrado possui importante papel de distribuição dos recursos hídricos pelo pais, dá origem a grandes regiões hidrográficas brasileiras e também do continente sul-americano

O processo conhecido como efeito guarda-chuva é presente no cerrado da distribuição de agua por ser o berço de oito nascentes das 12 regiões hidrográficas presentes no bioma. Esse efeito guarda-chuva de abastecimento das aguas alcanças diferentes regiões Paraguai, Parnaíba, são Francisco, Tocantins e Araguaia e o pantanal que é altamente dependente dos recursos hídricos provenientes do cerrado por ocorrer a vazão do pantanal brasileiro e desaguar no Paraguai.

A variabilidade existente nas regiões hidrográficas brasileiras reflete na distribuição espacial das chuvas e no climas dos biomas que circundam o cerrado. Esse efeito da agua que cai no cerrado e se distribui pelo país traz a importância do bioma, de seu berço das aguas e de como rege a dinâmica das aguas, do clima e da distribuição da agua pelo país.

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Análise da situação dos recursos hídricos do cerrado com base na importância econômica e socioambiental de suas águas

 

 

O Brasil possui maior disponibilidade hídrica do mundo, onde de todas as vazões dos rios do planeta que em média se dá em 42.600 km³/ano e 19% desse montante que é 8.130 km³/ano fluem em solo brasileiro e mesmo com a abundância de hídrica o pais apresenta escassez pelo uso da agua em regiões devido ao uso dos recursos hídricos do pais.

O crescimento populacional juntamente com a demanda de agua necessária para consumo, produção de alimentos, bens e serviço tem promovido o aumento de impactos e poluições hídricas, por isso, é importante a preservação das bacias d’agua da região do cerrado do brasil.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão com cerca de 204milhoes de hectares representando em média 24% do território nacional, onde a maior parte se concentra no planalto central brasileiro, sendo uma região de alta altitude.

A região do cerrado desempenha um papel importante no processo de distribuição de recursos hídricos pelo pais, pois dá origem a grandes regiões hidrográficas brasileiras e do continente sul-americano e esse processo é conhecido como efeito guarda- chuva, é possível observar o abastecimento de recursos hídricos fluindo para regiões do Paraguai, Parnaíba, são Francisco, Tocantins e Araguaia  e o pantanal que é altamente dependente dos recursos hídricos provenientes do cerrado pelo fato da vazão do pantanal brasileiro desaguar no Paraguai, tornando o pantanal altamente dependente dos recursos hídricos do cerrado.

Há uma grande variabilidade das distribuições de vazões especificas nas regiões hidrográficas brasileiras o que reflete na distribuição especial das chuvas no cerrado, seguindo a lógica de do climas e biomas que circundam o cerrado, chovendo mais em regiões próximas a Amazônia e menos em regiões próxima a caatinga.

 Região precisa de estudada em uma cultura de manejo sustentável devido ao grande uso da agropecuária presente no bioma o que gera um grande conflito do uso da agua e causa grande impacto e poluição dos recursos hídricos, onde uma região de água abundante sofre devido à má gestão e má utilização dos recursos hídricos. 

 

 

imagem: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/cerrado-caixa-dagua-brasil.htm

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Impacto do desmatamento do Cerrado nos recursos hídricos superficiais

O bioma Cerrado brasileiro, consiste em um sistema complexo que envolve rios de avulsão, fluviais abandonados, numerosos lagoas e lagos marginais com mudanças  ambientais significativas que influenciam a distribuição da vegetação devido aos impactos ambientais nos recursos hídricos superficiais e as coberturas vegetais nativas da região mostraram que a vegetação do bioma Cerrado é composta por um sistema arborizado e arbustivo e o desmatamento indica que a área cerca de 183.181 ha de Cerrado foram modificados de alguma forma, onde aproximadamente 60% do bioma foi convertido em pastagem cultivada, em decorrência do desmatamento, do total de 570 lagos, cerca de 237 lagos secam durante a estação seca em agosto.
O cerrado é um complexo mosaico de vegetal inter-relacionadas com os lagos e rios com rica biodiversidade, mas frágeis e sensíveis. Assim, qualquer ação antrópica sem nenhuma análise ambiental pode causar grandes impactos negativos graves e irreversíveis sobre os recursos hídricos superficiais.
O bioma possui cerca de 2 milhões de km2, é considerado um dos 25 hotspots de biodiversidade mais ameaçado do Planeta, tem sido seriamente afetado pelo desmatamento, pela caça e pelo comércio ilegal, sendo um ecossistema brasileiro que mais sofre agressões por parte do modelo de "desenvolvimento" perdendo grande parte de biodiversidade devido a agricultura e pecuária, através Expansão da Fronteira Agrícola, o cerrado contém um número de plantas vasculares  superior àquele encontrado na maioria das regiões da Terra: plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e cipós somam mais de 7.000 espécies , com a flora em alto grau de endemismo.
Esta área age como uma vasta planície tropical, sazonalmente inundada por precipitação e saturação do nível freático e essas inundações periódicas, associadas a pequenas variações das formas geomorfológicas e avulsões de canais de rios são responsáveis pelo controle, crescimento e a distribuição espacial dos tipos fisionômicos do bioma Cerrado. Assim sendo, a cobertura vegetal na planície da Bacia Bananal onde foi realizado o estudo, apresenta um mosaico morfo-vegetacionais, dominantemente por campo limpo, campo cerrado, cerrado típico, cerradão e floresta de galeria, intercaladas por canais de rios ativos e abandonados, numerosos lagos arredondados que são refúgios para a fauna.
Há grande influência de inundações sazonais e, avulsões de planícies fluviais geradas por eventos neotectônicos e desequilibraram todos os recursos hídricos superficiais da região, gerando canais e planícies fluviais abandonados, rios subadapatados e segmentados e lagos de meandros abandonados.
A cobertura vegetal e os recursos hídricos superficiais (rios e lagos) apresentam uma evolução complexa num contexto de um meio ambiente muito sensível e frágil. A intervenção antrópica através do desmatamento para dar lugar à atividade agropecuária foi a principal causa da “morte” de lagos e rios da região.
A área desmatada corresponde a 183.181 ha ou cerca de 60% da área original do bioma. Somente nos últimos 10 anos, houve um desmatamento foi de 29.162 ha, indicando que continua o processo da perda da cobertura vegetal para dar lugar à pastagem plantada.
As formas fisionômicas mais densas, como o Cerradão e o Cerrado, as mais impactadas pelo desmatamento, estão representam apenas por uma área 45.744 ha, ou 14,7%. Além da perda imediata de biodiversidade (flora e fauna) pelo desmatamento, os recursos hídricos superficiais sofreram grande impacto negativo com a “morte” de inúmeros córregos e lagos.

imagem: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/desmatamento-no-cerrado-aumentou-9-no-ultimo-ano/

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A conservação do Cerrado brasileiro

 

 

Cerrado é um dos “hotspots” para a conservação de biodiversidade mundial e mais da metade dos seus 2 milhões de km2 originais foram cultivados om pastagens plantadas e culturas anuais, possui rica flora e alto nível endêmico, assim como a fauna que possui grande riqueza de aves, peixes, repteis, anfíbios e insetos.

 O desmatamento no cerrado tem sido maior no do que na floresta amazônica, porém o esforço de conservação tem sido maior na floresta amazônica o que tem demonstrado a falta de interesse em se preservar esse bioma onde apenas 2,2% do bioma cerrado é protegido legalmente, diversas espécies estão ameaçadas e aproximadamente 20% das espécies não ocorrem em áreas endêmicas.

Entre as principais ameaças a biodiversidade do cerrado estão a erosão dos solos, a degradação de diversos tipos de vegetação, invasão biológicas causadas por gramíneas de origem africana, uso de fogo para abertura de áreas virgens para estimular o rebrotamento de pastagens e as mudanças da cobertura vegetal alteram a hidrologia que afetam a dinâmica e os estoques de carbonos no ecossistema. Agricultura no Cerrado é lucrativa de por isso tem crescido exageradamente.

 Os remanescentes de Cerrado que existem nos dias de hoje desenvolveram-se sobre solos muito antigos, intemperados, ácidos, depauperados de nutrientes, mas que possuem concentrações elevadas de alumínio (muitos arbustos e árvores nativos do Cerrado acumulam o alumínio em suas folhas, para fins agrícolas, o uso fertilizantes e calcário aos solos do Cerrado é alto e a  pobreza dos solos não foi um  obstáculo para a ocupação de grandes extensões de terra pela agricultura moderna, especialmente a cultura da soja. Metade dos 2 milhões de km² originais do Cerrado foram transformados em pastagens plantadas, culturas anuais e outros tipos de uso.

As pastagens plantadas com gramíneas de origem africana cobrem uma área de 500.000km², as monoculturas estão ocupam aproximadamente 100.000km² principalmente de soja e a área total de conservação é de  cerca de 33.000km², o que mostra que mais da metade do cerrado já foi ocupado por atividades antrópicas, e toda essas ações geraram danos ambientais de fragmentação de hábitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, erosão dos solos, poluição de aquíferos, degradação de ecossistemas, alterações nos regimes de queimadas, desequilíbrios no ciclo do carbono e possivelmente modificações climáticas regionais

A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade, manejo deficiente do solo, a erosão é alto e plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano, embora práticas de conservação, como o plantio direto, possam reduzir a erosão a 3ton/ha/ano.  Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano e devido ao uso extensivo de fertilizantes e calcário há grande poluição córregos e rios sendo impactante para a biodiversidade e para o funcionamento dos ecossistemas.

Iniciativas de conservação por parte do governo, de organizações não governamentais (ONGs), pesquisadores e do setor privado buscam trazer mudanças para o bioma, visando mostrar a importância da conservação e do impacto com o futuro do bioma e da utilização dos recursos mostrando um grande desafio estabelecido diante das necessidades do bioma e do seu uso agropecuário. 

imagem: https://guiaambiental.wordpress.com/2015/07/23/falando-em-biomas-o-cerrado/

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POR UMA ANÁLISE TERRITORIAL DO CERRADO

 

Nos últimos anos o cerrado tem sido objeto de investigação em um número crescente de pesquisas. Tanto a diversidade de temas como o reconhecimento da importância deste domínio em uma escala mundial são alçados justamente no momento em que as suas paisagens naturais se mostram profundamente alteradas.

Em extensão, o Cerrado está em segundo lugar como o maior bioma do Brasil. Sua área original era de cerca de dois milhões de quilômetros quadrados.

Distribuído por grande parte da região Centro-Oeste brasileira como também áreas do Norte, Nordeste e Sudeste. As paisagens naturais, os tipos de vegetação (ou as fitofisionomias) do Cerrado não são homogêneos, se diferenciando conforme suas localizações, além de fatores como o clima, temperatura, umidade, aspectos físicos e químicos do solo, relevo e habitantes.

Estima-se que o Cerrado possui 10 mil espécies de plantas, das quais 4.400 são endêmicas (que só existem neste domínio). Os números colocam o Cerrado como um dos domínios com maior riqueza de Biodiversidade e um dos maiores em composição de espécies endêmicas.

Contudo, essa riqueza vem sendo destruída pela maneira em que a modernização avança pelo cerrado. As transformações no Cerrado (do ambiente natural para um ambiente visando produção) se intensificaram nos últimos 60 anos, por conta de um período de conteúdos provenientes do processo de modernização.

O intuito do artigo é realizar uma análise aprofundada das transformações do território, abordando tanto as transformações realizadas pela população, como pelo Estado. Dessa forma, a análise aqui feita tem como proposta enxergar o Cerrado além de um determinismo ambiental. Assim, verificando como este bioma é visto como um ente político e histórico tecido por relações de poder e que, assim, está em constante transformação.

 

 

 

 

imagem: https://ecossocioambiental.org.br/2016/02/19/importancia-do-cerrado-para-as-regioes-hidrograficas-brasileiras/

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Ciclagem de carbono em ecossistemas terrestres: o caso do cerrado brasileiro.

 

O artigo apresenta os principais reservatórios de carbono e fluxos cíclicos em ecossistemas terrestres, com ênfase nas savanas neotropicais. Também faz uma revisão da literatura sobre a ciclagem interna do carbono no Cerrado.

Diz que apesar dos avanços da ciência, o conhecimento da dinâmica interna do carbono no Cerrado é escasso. A relação entre o tamanho dos reservatórios de carbono e intensidade dos fluxos e fitofisionomias da vegetação do Cerrado, gradiente de solo e clima ainda permanece desconhecida. A análise de dados de reservatórios e fluxos de carbono mostra que os reservatórios de carbono aéreo do Cerrado são menores do que os reservatórios dos sistemas florestais. No entanto, os reservatórios de carbono subterrâneos são iguais ou maiores do que os sistemas florestais de alta produção.

imagem: https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/06/03/segundo-maior-bioma-brasileiro-cerrado-ganha-site-multimidia-0165

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Situação e perspectivas sobre as águas do cerrado

 

O cerrado cobre aproximadamente 24% do território nacional, contendo cerca de 204 milhões de hectares. A maior parte desse bioma está localizado no Planalto Central Brasileiro, que compreende regiões de altitudes mais elevadas na porção central do país, por esse motivo é tão fundamental na distribuição dos recursos hídricos pelo país.

O Cerrado é responsável por aproximadamente 94% da vazão gerada para as regiões de São Francisco, Parnaíba e Paraguai, o que causa uma forte dependência hidrológica dessas áreas em relação do bioma.

Conforme dados coletados é possível constatar que o Cerrado é o “pai das águas do Brasil” pela influência do “efeito guarda-chuva”. A produção hídrica nas diferentes áreas do Cerrado apresenta grande variabilidade, o que acaba refletindo na distribuição espacial das chuvas no Cerrado. Quanto mais próximo da Amazônia mais chove, assim quanto mais próximo da Caatinga menos chove.

Pela forte sazonalidade observada em sua distribuição temporal, a prática da agricultura irrigada é a que mais demanda recursos hídricos em termos quantitativos. Assim, a produtividade média da água para a produção de grãos está entre 0,2 e 1,5 kg. Assim sendo, aproximadamente 80% da água utilizada no país se destina à produção de alimentos.

Apesar do potencial de exploração da prática da irrigação ainda estar longe de ser atingido, conflitos pelo uso da água por causa desse uso se multiplicam no bioma em decorrência da ineficiente gestão territorial e dos recursos hídricos, que perdurou por décadas de ocupação do Cerrado, resultando na grande concentração de irrigantes em determinadas regiões.

No caso, pelo monitoramento do clima, da umidade do solo ou do potencial da água nas folhas, é possível determinar o momento de se irrigar e o quanto aplicar de água nas áreas cultivadas. Sobre os conflitos pelo uso da água no Cerrado, além daqueles entre irrigantes, destacam-se os que decorrem dos baixos índices relacionados à área de saneamento na região, que deterioram a qualidade das águas dos rios que atravessam ou que recebem os efluentes das cidades.

Destaca-se que a solução ou a mitigação de conflitos pelo uso da água, garantindo melhor qualidade ambiental e de vida das pessoas, constitui objetivo principal do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos.

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